8 de junho de 2012

Não posso!

A vida de uma pessoa que é envolvida na área da arte, normalmente é repleta de eventos, de compromissos, e principalmente de ensaios. É necessário amor, dedicação e, sobretudo responsabilidade. É preciso empenho de cada integrante do grupo para o trabalho ser bem sucedido.
A vida não é perfeita, e nem sempre todos poderão estar presentes e bem dispostos em todos os momentos.
Para alguém de compromisso, e que é fiel a Deus e ao ministério, justificar sua falta, ou explicar porque em dado momento não se dedicou tanto, normalmente é a resolução da situação, pois um grupo amigo entende, e tudo fica bem e em paz. Aparentemente, não há nenhum problema nisso. A problemática da questão é a constante "desculpa".

Convido vocês, meus caros artistas cristãos, a se perguntarem agora. Será que quando digo que estou indisposto ou doente para fazer alguma coisa do ministério, realmente estou?
Se o texto for lido sem uma reflexão profunda, provavelmente cairemos na mesma questão problema. A defesa interior. Porque até para nós mesmos, é melhor e mais confortável repetir: "Eu não fui ensaiar porque estava muito doente" ou "Eu não fui ao ensaio porque eu não tinha condições financeiras" ou "Eu não fui ao ensaio para estudar" E por aí vai.
Venho reiterar, sempre estaremos em algum momento sujeitos a passar realmente por alguma dessas situações. Mas o que eu quero propor, é que haja uma reflexão, se a "desculpa" para não fazermos o quê nos foi imposto naquele momento, é real.
A mente humana é assustadoramente defensiva. Às vezes a pessoa, se atrasou porque estava fazendo algo na hora errada, às vezes está com preguiça ou com vontade de estar em outro lugar, e esta, se convence de que está doente, e não poderá cumprir com o compromisso, não por ser irresponsável, não por preguiça ou desleixo, mas por algo plenamente justificável. A culpa é menor se a falta for por um problema de saúde.
Encontro-me às vezes nessa situação. Engano a alguém, mas antes enganei a mim mesma, e me convenço que estou realmente mal! A gente se convence da mentira que a gente mesmo está contando! Que bizarro!
E o pior, é quando realmente estou mal, quando realmente eu preciso faltar, quando eu realmente preciso descansar. Aumenta ainda mais a inconstância no grupo.
Devemos sempre nos analisar e julgarmos nossa impotência e necessidade real e o que devemos fazer ou não fazer em determinado momento.
Não é qualquer “dorzinha”, problema ou desestimulo que pode enfraquecer os artistas cristãos! Devemos selecionar as situações de maneira honesta, não só com as pessoas do grupo no qual participamos, mas principalmente com nós mesmos.
A obra de Deus sempre vai continuar independente que você desempenhe seu papel. Porém, Deus se agrada quando ouvimos a sua voz e a sua ordenança.
Quanto mais pessoas resolvidas interiormente, bem dispostas para o Reino, quanto maior for o desejo de proclamação do amor de Deus, maior é a excelência oferecida a Deus.
É dar primazia ao Reino. É se oferecer como instrumento, não pela metade, mas de forma integral.

Querido artista de Jesus, se você se identificou com essa mensagem. Faça uma oração, pense se em todas as vezes que você disse “Não posso” foi algo real e significante. Peça perdão ao Senhor. E a partir de hoje, seja alguém honesto com a obra de Deus, seus irmãos e principalmente consigo mesmo. Deus com certeza te fará alguém de estratégia, alguém mais forte, mais disposto e menos suscetível aos problemas da vida.

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